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Elevação a vila de Caldas das Taipas intervenção de Gildásio Ferreira

Redação
Freguesias \ segunda-feira, junho 22, 2015
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Coube a Gildásio Ferreira (a receber a medalha comemorativa), o discurso mais inflamado da noite comemorativa dos 75 anos de elevação a vila de Caldas das Taipas.

O deputado da CDU, Gildásio Ferreira, referiu que Caldas das Taipas teve décadas, até meados dos anos 80, de progresso e esperança, até que um dia, no fatídico ano de 1989, alguém extinguiu as juntas de turismo, alguém sem ter noção do atentado que estava a cometer, nos roubou a identidade e nos condenou ao retrocesso como comunidade. Na sequência desta alteração, como acrescentou, o município tomou posse do património até então da junta de turismo.

Gildásio Ferreira defendeu que existem dois rostos principais que explicam o abandono a que Taipas foi votada e mencionou-os de seguida: O primeiro, de forma prepotente e castradora, tenta roubar-nos a identidade, vota-nos a um abandono propositado, nunca nos mandatos de António Magalhães se investiu um cêntimo nas Taipas, a degradação está à vista de todos, o património da Turitermas é uma vergonha em degradação Magalhães presidente, Remísio presidente também, a imagem do declínio, do abandono, tudo é permitido ao lóbi da construção civil, que impera e destrói a assimetria, muitos atropelos urbanísticos são cometidos, os presidentes assobiam para o lado.

O resultado da política seguida, de acordo com as palavras do deputado da CDU, levou a uma vila descaracterizada, onde o cimento altera para pior a paisagem que até então era acolhedora e nos distinguia, das mais belas vilas de Portugal. Para Gildásio Ferreira, nos últimos 30 anos, fruto de uma espécie de bairrismo, esse sim, bacoco e irresponsável, cometeram-se atentados ao património público, património municipal, por desprezo sobranceiro.

As últimas críticas foram para o atual poder local: Chegou há 10 anos, a esperança de muitos, que nem D. Sebastião, foi sol de pouca dura, mais do mesmo ou pior, mais uns a promoverem-se à custa do erário público. Foi a Pensão Vilas, o roubo das areias, os dinheiros públicos usados na promoção do populismo mentiroso, nunca a favor do povo, sempre em benefício do poder político que se governa à custa da dignidade das populações que devia apoiar e contribuir para o seu desenvolvimento.

Gildásio Ferreira, nesta sua intervenção dos 75 anos de elevação a vila, teve também palavras elogiosas para a vila e para os taipenses, povo orgulhoso que luta pelo que é seu de direito. Revisitando o passado, defendeu que Caldas das Taipas cresceu e se desenvolveu através do termalismo, das cutelarias e do aproveitamento do rio. Quanto à data de 19 de junho de 1940, terá sido o click de progresso, o reconhecimento da comunidade obreira que fomos e somos.

Salientou a importância das associações da vila, destacando os Bombeiros Voluntários, o expoente máximo do servir a população, a Banda Musical, onde quase dava músico, o CART, o Clube Caçadores, entre outras entidades. Ainda sobre o passado da vila relembrou as passagens de gente ilustre que faziam deles a nossa terra, caso de Ferreira de Castro e Camilo Castelo Branco.

Voltando às críticas políticas, Gildásio Ferreira, referindo-se aos que tiveram e têm contribuído para o estado a que chegamos, afirmou que estes devem para o bem da comunidade, devolver as empresas, as instituições que roubaram, à sociedade civil. Empresas e instituições que se transformaram em feudos de recrutamento político, centros de chantagem que condicionam a liberdade individual e o desenvolvimento da nossa terra, concluindo que só desta forma, se pode acabar com a divisão criada que nos enfraquece, só assim poderemos reconquistar uma identidade perdida.

Gildásio Ferreira terminou a sua intervenção referindo a mudança que ocorreu na Câmara Municipal com a presidência de Domingos Bragança e a entrada do vereador Ricardo Costa que demonstra também de forma positiva o interesse que finalmente o município parece estar a dar a este importante território do concelho de Guimarães, apelando à comunidade taipense para reabilitar a memória de Ferreira de Castro, que será atingida se a lua voltar a conversar com cada um, e isso só acontecerá se todos estivermos despertos e disponíveis a dar contributo!