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Diretor do AE das Taipas nega défice de professores para as NEEs

Redação
Educacao \ terça-feira, julho 25, 2017
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A conclusão surge da ata resultante da reunião entre uma comissão nomeada pela Assembleia de Freguesia e a Direção do Agrupamento de Escolas das Taipas.

Mário Rodrigues explicou aos representantes autárquicos que não há uma regra nestes casos, mas que o corpo docente está ajustado.

Representantes da Assembleia de Freguesia de Caldelas estiveram reunidos com a Direção do Agrupamento de Escolas das Taipas, com o objetivo de tomar conhecimento sobre os recursos existentes nas escolas para os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE). A decisão de marcação desta reunião surgiu da Assembleia de Freguesia de 8 de julho, altura em que foi recuperada esta questão, pela voz do deputado social democrata Armando Marques.

A reunião com a Direção da escola decorreu no passado dia 20 de julho, onde além do diretor Mário Rodrigues esteve presente a professora que coordena as NEE no agrupamento. De acordo com a ata resultante do encontro, o diretor esclarece que o problema não deve ser avaliado com um rácio entre número de professores e número de alunos. Para o professor, é necessário perceber quais são as problemáticas dos alunos, em função das quais serão necessários mais ou menos recursos.

Houve de facto uma redução no número de professores de nove para seis. Essa redução acabou por não ter um efeito mais negativo porque o número de alunos com problemas mais profundos também diminuiu. Em resposta às questões levantadas pelos representantes da assembleia, Mário Rodrigues explicou que, no que respeita ao pessoal auxiliar, existe de facto um défice nos auxiliares para os alunos com multideficiências. Esta lacuna tem sido colmatada com a requisição de reforços à DGESTE.

Durante a sessão da Assembleia de Freguesia de 24 de julho, o presidente da mesa da assembleia, Mário Ribeiro, deixou claro que não iria permitir que o tema das NEE fosse usado para servir de argumento para o combate político partidário. No entanto, por vários momentos a discussão saltou da tentativa de resolução de um problema para a discussão política.

O deputado Vítor Machado, da coligação Juntos por Guimarães, pediu uma oportunidade para que se fizesse um contraditório, depois de o tesoureiro da Junta de Freguesia, Manuel Ribeiro, ter dito que, dias antes da reunião com a comissão da Assembleia de Freguesia, o discurso do diretor Mário Rodrigues ter sido outro. A Junta de Freguesia lamentou mesmo uma dualidade de posições manifestada pelo diretor e que este opte por ir remediando a resolução do problema.

Durante a reunião de 20 de julho, Mário Rodrigues não se coibiu de lamentar que a Assembleia de Freguesia tenha aprovado uma moção (na assembleia de 8 de julho) sobre as Necessidades Educativas Especiais no agrupamento, sem antes ter reunido com os seus responsáveis para perceber qual era a situação. O diretor diz ainda que não se recorda de ter reunido com a Junta de Freguesia e negou que a escola esteja a rejeitar matrículas. Recorde-se que o presidente da Junta de Freguesia, Constantino Veiga, na assembleia de 8 de julho, deu notícia de que o agrupamento estaria a recusar inscrições na escola do Pinheiral e que as crianças com Necessidades Educativas Especiais estavam a ser encaminhadas para outras escolas.

Da assembleia de segunda-feira, 24 de julho, saiu também a aprovação pela unanimidade dos presentes do contrato interadministrativo de delegação de competências entre a Câmara Municipal de Guimarães e a Junta de Freguesia de Caldelas, para a instalação de infraestruturas de drenagem de águas pluviais na Rua da Lama e na Rua da Quintã, assim como a repavimentação da Travessa do Montinho e o alargamento da Rua do Azemel. A globalidade destas intervenções está orçamentada em mais de 33 mil euros.