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Covid-19: oposição questionou operacionalidade do Gabinete de Crise para a Economia do município

Redação
Sociedade \ quinta-feira, abril 09, 2020
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A oposição ao executivo vimaranense, nomeadamente através do líder do Partido Social Democrata (PSD) de Guimarães, Bruno Fernandes, questionou a operacionalidade do Gabinete de Crise para a Economia criado pela Câmara Municipal de Guimarães.

Não pondo em causa o presidente executivo escolhido para este Gabinete de Crise, o ex-reitor da universidade do Minho, António Cunha, o líder da oposição referiu que este cargo deveria ser ocupado por Domingos Bragança.

“Estamos a viver um tempo excecional. Por isso, este Gabinete de Crise deveria ter outra configuração, que tivesse uma estratégia e cadeia de comando, que tivesse capacidade de decisão, que conheça os serviços do município e os meios que estão ao dispor. Respeitando quem escolheu para liderar este gabinete, mas perante a exigência, devia ser liderado pelo presidente da Câmara, aquele que tem a maior capacidade de decisão. Ou então pelo vereador que tem este setor, dando um sinal claro às empresas que este gabinete tem que ter eficácia e produzir resultados”, referiu Bruno Fernandes na reunião de câmara que decorreu esta quinta-feira por videoconferência.

Bruno Fernandes complementou o seu raciocínio explicando que, na sua opinião, deveria ser pensado no imediato e não no médio/longo prazo. “Estamos num momento de salvar vidas, sem dúvida, mas também de salvar empresas. Temos uma crise económica que não vem daqui a uns meses, já está a acontecer, seria mais lógico um plano de intervenção rápida, um plano de emergência. O que nos apresentou reflete apenas e só um conjunto de intenções a apontar para o médio prazo e pouco para o curto prazo. Este plano está no mínimo incompleto”, frisou.

Domingos Bragança discordou desta posição, dizendo que o cargo em questão deve ser ocupado por alguém com total disponibilidade. “Discordo do que disse, mas muito. Quando temos grandes desafios pela frente, que sejam transversais a toda a sociedade vimaranense, escolhemos personalidades que tenham facilidade de aceitação e alguém que esteja totalmente liberto. Foi assim na Capital Europeia da Cultura, por exemplo, em que o escolhido não foi o vereador da cultura. O presidente executivo tem de ser alguém que possa fazer toda a coordenação e esteja liberto. Este gabinete de crise e transição económica foi criado de forma estruturada, com ligação permanente ao poder politico, ao presidente da câmara”, disse.

Bruno Fernandes deu ainda conta que na última semana foram pedidos no Centro de Emprego de Guimarães 500 subsídios de desemprego, ilustrando com este número a sua preocupação.