Covid-19: Guimarães “está preparado para o pior, querendo que aconteça o melhor”
“As entidades públicas têm de estar preparadas. A situação ainda não é alarmante, mas é preocupante. Há capacidade de resposta em termos de análises, por exemplo? As infraestruturas que foram implementadas do pé para a mão no passado estão preparadas”, questionou o vereador da oposição, referindo que "não podemos tirar o pé do acelerador".
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, reforçou a ideia de que a responsabilidade de todos é imperiosa nesta fase. “Este novo normal de viver em pandemia é um normal presencial, com tudo o que isso acarreta a todas as entidades, e também aos cidadãos, neste caso os cidadãos vimaranenses. É necessário que haja responsabilidade por nós e pelos outros e se não for assim tudo pode correr mal. Estamos a fazer um trabalho de preparação para o pior, esperando que tudo corra pelo melhor”, referiu o líder máximo do município.
Na perspetiva da Câmara Municipal de Guimarães a comunicação é essencial para que seja possível minimizar os contágios, inclusivamente no regresso presencial à escola. “Uma das grandes ações que temos de ter, se não a mensagem não passa, é uma comunicação muito forte das medidas a implementar, porque depende de todos os nós. É o caso do regresso à escola, que tem de ser presencial. Temos de canalizar todo o nosso esforço para isto, explicar muito bem não só aos alunos e professores, mas também aos pais e encarregados de educação. Cada pai tem de ter uma cópia do plano de contingência, gaste-se o papel que se gastar, porque temos de evitar as cadeias de alarme. Vamos certamente ter infeções, suspeitas de infeção e, provavelmente, surtos. Os planos de contingência têm de ser conhecidos para evitar cadeias de alarme e para se fazer o que é recomendado sempre pelas autoridades de saúde”, vincou.
De resto, Domingos Bragança referiu que mais do que uma luta político/partidária, esta é uma luta de todos e apelou a que caso a oposição tenha soluções que possam ser uma mais-valia para as transmitir a quem lidera os destinos do município. Este debate sobre o tema surge numa fase em que o número de infeções no concelho tem subido significativamente.