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Covid-19: Bragança garante que a realização de testes em lares de Guimarães “nunca será um problema financeiro”

Redação
Sociedade \ quinta-feira, abril 09, 2020
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A não testagem dos utentes e funcionários de lares de idosos à Covid-19 não se trata de uma questão financeira, mas sim de falta de capacidade de resposta por parte dos laboratórios. Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, deu conta disso mesmo na reunião de câmara desta quinta-feira.

O assunto foi levado à reunião de executivo pela oposição, sendo que Bruno Fernandes, líder do Partido Social Democrata (PSD) de Guimarães, considerou “inaceitável” e “inadmissível” que não se esteja a fazer testagem Covid-19 neste grupo de risco. “Achamos que é inadmissível e inaceitável, tendo o país percebido que os lares são um barril de pólvora, que nem o governo nem a autarquia tenham tomado iniciativa para entrar na testagem dos lares de idosos e dos funcionários”, disse, pedindo que fosse canalizado dinheiro que esta destinado à cultura, por exemplo, uma vez que grande parte dos eventos culturais foi cancelada, para a aquisição de testes.

Domingos Bragança deu conta que aquando da reivindicação de um centro de testagem para Guimarães ficou vincado que a prioridade seriam os lares. “Reforcei que a prioridade fosse total para os lares de idosos. Disse mais: disse que o problema nunca seria financeiro. Se a autoridade de saúde achasse que havia necessidade de fazer 200 testes ou 400 testes que os fizessem, que não se preocupassem que a câmara paga. Os responsáveis de saúde sabem que não há nenhum tipo de limitação financeira para esses testes. A câmara não resolve é o problema da falta de capacidade do laboratório, que está a ser um problema do país; ora falta material como zaragatoas ou reagentes, ora falta capacidade instalada no laboratório, não na recolha da amostra, mas capacidade no laboratório”, frisou.

Já no fim da reunião de câmara, o edil vimaranense sublinhou que para já a situação nos lares de idosos está normalizada e referiu que não é da competência do município determinar quem faz, ou não, testes.

“Não é por falta de dinheiro e de vontade da câmara que não se fazem os testes. É bom que se compreenda que quem receita fazer o teste não é o presidente da câmara. O presidente da câmara disponibiliza meios financeiros e materiais, quem receita os testes são os médicos, as unidades de saúde, não é o presidente de câmara que diz que A, B ou C vai fazer o teste”, atirou.

Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal que está por dentro desta área, deu conta de que foram realizados 200 testes num lar no qual se detetou um problema, com o intuito de demonstrar que não há capacidade para atuar de forma generalizada, mas o município está a dar resposta às solicitações.