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Cónego Luís Miguel celebrou 25 anos de Ordenação Presbiteral

Bruno José Ferreira
Sociedade \ terça-feira, outubro 15, 2024
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Taipense foi ordenado em setembro de 1999, sendo atualmente Capelão da Casa de Saúde do Bom Jesus. Tem dedicado o seu percurso à carreira académica, sendo Vice-diretor da Faculdade de Teologia.

A Igreja Matriz de São Tomé de Caldelas foi palco no passado dia 29 de setembro – domingo – da Celebração Jubilar comemorativa dos 25 anos de Ordenação Presbiteral do Cónego Luís Miguel. Natural das Taipas, tendo “nascido e crescido no lugar do Monte”, Luís Miguel Figueiredo Rodrigues é atualmente Capelão da Casa de Saúde do Bom Jesus, tendo dedicado grande parte dos 25 anos desde que foi ordenado – a 12 de setembro de 1999 – ao desenvolvimento de projetos na área académica.

“Quando se propõe à igreja para ser ordenado presbítero é ordenado para aquilo que fizer falta. Comecei por fazer um trabalho que é o mais vulgar, por assim dizer, entre os sacerdotes diocesanos, tive paróquias ao meu cuidado. Depois a igreja enviou-me para estudar mais um pouco, especializei-me em teologia catequética”, deu nota o Cónego Luís Miguel ao Reflexo.

Em Braga desde 2003, o taipense desempenhou cargos como chanceler da cúria diocesana, coordenador da catequese ou vigário episcopal para a educação cristã, prosseguindo sempre o aprofundamento dos estudos, fazendo o mestrado em Pedagogia E-learning. Em 2010 integrou a Faculdade de Teologia, onde fez doutoramento, desenvolvendo então a sua carreira académica. “Foi necessária a minha competência científica para a facultade de teologia, o docente que tinha essa matéria ficou doente e, nesse sentido, em 2010 fui para a Faculdade de Teologia, onde fiz doutoramento e desenvolvi a carreira académica. Sou Vice-diretor da Faculdade de Teologia”, deu conta.

Entre tarefas de pesquisa e ensino na área de teologia prática, o Cónego Luís Miguel dedica-se a tempo inteiro ao ensino superior, sendo presença frequente em conferências, mesas redondas e outras atividades do meio académico, celebrando diariamente a sua fé na Casa de Saúde do Bom Jesus, um hospital psiquiátrico.

“Não era isso que perspetivava, de todo. Nós, os padres diocesanos, quando nos ordenamos pensamos em paróquias. As coisas evoluíram de acordo com as necessidades da igreja local. Estava nas paróquias, era necessário alguém que se preparasse bem para o desenvolvimento da pastoral profética na arquidiocese, eu fui estudar na perspetiva de desenvolver essa tarefa”, expôs ao nosso jornal.

O futuro do Cónego Luís Miguel, nascido a 28 de agosto de 1975, passará por esta vertente académica, mesmo admitindo que, por vezes, sente falta de ter paróquia. “Um sacerdote diocesano que não tem paróquias tem sempre essa nostalgia: é o nosso lugar. Mas, neste momento, com os trabalhos que tenho em mãos não consigo assumir uma paróquia. Vejo-me a colaborar, sempre que é solicitado colaboro com todo o gosto, mas neste momento tenho de desenvolver o que tenho em mãos, e há muita coisa em desenvolvimento, projetos de pesquisa, divulgação, a questão do ensino. No mundo académico há coisas que se resolvem e outras que ressurgem”, concluiu.

[ndr. texto originalmente publicado na edição de outubro do Jornal Reflexo]

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