Com o “sentimento de orgulho recuperado”, Luís Soares quer “somar mais”
“Nada está ganho e até o lavar dos cestos é vindima”. O repto foi lançado duas vezes, uma por Luís Soares, candidato à Junta de Freguesia de Caldelas, e outra pelo presidente da autarquia, Domingos Bragança. Os dois discursaram para um pavilhão preenchido por militantes e apoiantes socialistas e ambos confluíram no teor: dar seguimento “à mudança que se iniciou há quatro anos”, altura em que o partido voltou a conquistar a junta.
Luís Soares, que ganhou a junta de freguesia para o Partido Socialista em 2017, reiterou que “há ainda muito por fazer” e mostrou-se otimista por ver “cada vez mais pessoas a acreditar” no projeto que encabeça. No decorrer da apresentação oficial da sua candidatura – que contou com a presença de nomes como o de Joaquim Barreto, presidente da Federação Distrital Socialista de Braga, ou o da deputada Sónia Fertuzinhos no preenchido Pavilhão Multiusos da Escola Secundária –, o candidato levantou o véu do que quer para o futuro da vila.
Entre as propostas, aquela “que seria a cereja no topo do bolo”: a requalificação da toldada “casa lindíssima” em frente ao Antigo Mercado e convertê-la num “espaço de acolhimento” com várias facetas: biblioteca, museu “da identidade taipense” e núcleo de associações. “Há quatro anos apresentámos propostas importantes, e estamos a trabalhar para serem concretizadas”, reiterou. No entanto, o socialista reforçou a necessidade de "somar ainda mais”. “Para além dos projetos, [ao longo destes quatro anos] há um aspeto mais importante: a comunidade, recuperamos o sentimento de orgulho”.
Mais 200 lugares de estacionamento
No entender do atual presidente da concelhia do PS de Guimarães, as “pessoas estavam cansadas” – “Diziam que as Taipas estava parada”, pontuou. Para Luís Soares, a bitola mudou e agora “há que continuar a somar”: “Temos muito para fazer”.
Sob o singo de “continuar a mudança”, o candidato socialista indicou ainda que está no programa eleitoral a criação de 200 lugares de estacionamento na periferia da vila, ampliar a oferta de creches e, para os mais novos, a criação de um skatepark.
A “boa teimosia” de Bragança
O discurso de Luís Soares foi pontuado por elogios à gestão de Domingos Bragança à frente da Câmara Municipal de Guimarães. Segundo o também deputado à Assembleia da República, “a única pessoa que não aceitou que a EB 2,3 das Taipas fosse remendada” foi o autarca vimaranense. “E que boa teimosia”, acrescentou.
O discurso de Domingos Bragança sublinhou a aposta na educação, cultura e ciência. O Edil acenou com o investimento feito na vila nos últimos quatro anos – “Não há paralelo”, frisou – e abordou o atraso nas obras de requalificação do centro cívico da vila: para além da pandemia e da “falta de materiais e de operários da construção civil”, os trabalhos arqueológicos e a possibilidade de se encontrarem “achados” perto dos Banhos Velhos, o balneário termal de origem romana, tem aplacado o progresso dos trabalhos. Assegurou ainda: “A requalificação do centro cívico vai ter a mesma qualidade dos projetos feitos no Largo do Toural e Oliveira”.
Acerca do “grande projeto” que é transformar a devoluta Casa de Agrelos numa “casa da memória da cultura taipense”, o autarca foi perentório: “Vamos conseguir”.