
Com casa cheia, “Quando o Corpo Fala!” dá voz à comunidade através do corpo
Perante uma plateia repleta, o silêncio deu lugar à linguagem dos corpos no espetáculo "Quando o Corpo Fala!", apresentado esta semana no salão multiusos da Escola Secundária das Taipas. A performance, dirigida pela artista Anja Calas, é o culminar de uma residência artística promovida pelo coletivo ATRAMA, em colaboração com o Município de Guimarães, no âmbito do projeto ExcentriCidades.
A iniciativa procurou explorar, através do corpo e do movimento, questões profundas sobre a comunicação não verbal, como "Quando fala o corpo? Como fala o corpo?". Durante dois meses, membros da comunidade taipense participaram ativamente no processo criativo, refletindo e expressando-se por meio de gestos, sons, deslocações e dinâmicas coletivas, construindo assim um espetáculo que combina arte, sensibilidade e identidade local.
O resultado foi uma encenação vibrante, poética e surpreendente, onde o caos coreografado, o som das árvores, os gestos espontâneos e as vozes interiores se misturaram num "corpo coletivo". Segundo a própria descrição do grupo, o espetáculo foi um exercício de estar vivo, em constante diálogo com o outro.
"De cardumes de peixes em máquinas orgânicas e num caos organizado, coreografado e caracterizado, também por um certo jogo aleatório divinamente ordenado, respondemos com o corpo coletivo, em várias vozes, sons, gestos e também saltos e estátuas e vários movimentos, num exercício de se estar vivo e poético, porque um é o outro", descreveu a organização.
"Quando o Corpo Fala!" contou com o apoio da Banda Musical de Caldas das Taipas, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Taipas, da Junta de Freguesia de Caldelas, da Taipas Termal, da Escola Secundária das Taipas e do Agrupamento de Escolas das Taipas.
@Imagem: ATRAMA