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Com 11 espetáculos, GUIdance também leva dança à escola. Entre elas a ESCT

Tiago Dias
Cultura \ quinta-feira, dezembro 15, 2022
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Festival estende-se de 02 a 11 de fevereiro, com a Dançando com a Diferença em destaque, além de três estreias nacionais. Iniciativa Embaixadores da Dança irá às quatro secundárias do concelho.

A próxima edição do GUIdance, a 12.ª, começa a 02 de fevereiro de 2023, com o espetáculo BAqUE, de Gaya de Medeiros, e encerra a 11, com The Jungle Book Reimagined, estreia em Portugal de uma peça que revê a aventura de Mogli à luz das alterações climáticas, com o selo da britânica Akram Khan Company, de regresso a Guimarães após Outwitting the devil, peça apresentada em 2020.

Pelo meio, o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e o Teatro Jordão recebem nove espetáculos de um festival que inclui ainda conversas pós-espetáculo, masterclasses, debates, uma exposição e uma oficina do coletivo Pato Lógico, além da iniciativa Embaixadores da Dança – visitas à Escola Secundária de Caldas das Taipas, à Escola Secundária Francisco de Holanda, à Escola Secundária Martins Sarmento e à Escola EB 2 e 3/Secundária Santos Simões.

No que respeita ao palco, sobressaem ainda as estreias em território luso de Some Coreographies (04 de fevereiro), de Jacopo Jenna, coreógrafo italiano vinculado à plataforma europeia Aerowaves, tal como o belga Cassiel Gaube, autor de Soirée d’études (10 de fevereiro). E o destaque da edição que se avizinha cabe à Dançando com a Diferença, companhia da Madeira que trabalha com pessoas com deficiência. O Jordão será a sua sede, acolhendo as peças Blasons, em parceria com o coreógrafo francês François Chaignaud, e Doesdicon, com Tânia Carvalho, no dia 03 de fevereiro.

No dia 09, a companhia dirigida por Henrique Amoedo reencontra-se com Rui Horta para a reposição de Beautiful People, obra estreada na Madeira em 2008. Ainda diretor do Teatro Viriato, Henrique Amoedo é um dos coreógrafos de visita às escolas secundárias do concelho na Embaixadores da Dança, a par de Gaya de Medeiros.

A próxima edição ambiciona ser uma transição da “escuridão” que o GUIdance contemplou em 2022 para a “claridade”, vertida nas “diferenças” entre os corpos e nas transformações que os habitam ou tão só no despertar para a relação primordial entre o humano e a natureza, frisou o diretor artístico, Rui Torrinha, na apresentação do festival.

“Há coisas que nos demonstram que a sociedade e Guimarães estão num processo de evolução. Quisemos trazer a convicção profunda de que há resolução para a humanidade, nem que seja na relação com a natureza. Mas também pode haver outros processos de escuta do corpo, que levem à transcendência, transformação e transmissão de experiências”, afirmou.

Já o vereador municipal para a cultura, Paulo Lopes Silva, defendeu que o GUIdance mantém o “patamar de qualidade, de exigência e de referência” com que surgiu, há 12 anos, enaltecendo o papel de Rui Torrinha no “sucesso do festival” e a programação de “vanguarda” para 2023.

“A transformação dos corpos, a identidade, as questões da diferença, a arte devem fazer-nos pensar, refletir, criar espírito crítico. A cultura faz de nós melhores cidadão e uma comunidade mais tolerante, mais compreensiva, mais aberta ao outro e ao mundo”, salientou.