Coligação JpG diz que Turitermas é “sorvedouro de dinheiro público”
À boleia da discussão do contrato-programa entre o município e a Taipas Turitermas, a coligação Juntos por Guimarães acusou a régiecooperativa de ser um “sorvedouro de dinheiro público”. O Plano Plurianual de Investimento e o Plano de Atividades para 2023 prevê a transferência de 498 mil euros para a instituição sediada nas Taipas.
“Não consigo conviver com uma régiecooperativa que, em vez de cumprir verdadeiro propósito de servir a comunidade, segue por caminhos que não são os seus. Estarmos a sustentar uma régiecooperativa que não nos dá retorno quase nenhum”, referiu o social-democrata Hugo Ribeiro, que disse mesmo que as verbas transferidas são “cuidados paliativos numa regiecooperativa falida”.
O vereador argumentou ainda que, apesar de reconhecer a “preocupação com contas certas” por parte Domingos Bragança, “este caso mancha o currículo” e questionou a Câmara Municipal sobre se a “solução” do município em comprar património da cooperativa – polidesportivo, parque de campismo e uma área de restauração – foi aceite pelo Tribunal de Contas.
O processo está em andamento e Domingos Bragança confirmou que se o Tribunal de Contas não aprovar a operação, seguirá outros caminhos para viabilizar o procedimento. O autarca voltou a reconhecer que a obra do polidesportivo “devia ter sido um investimento direto” da câmara, não da cooperativa. “Veio perturbar o equilíbrio financeiro da cooperativa. Mau era se a cooperativa estivesse nessa situação sem que tivesse feito o investimento”, frisou.
Domingos Bragança lembrou que o valor do contrato programa “não é para resolver problemas financeiros”: “O valor transferido é para a compensação pela prática de deveres sociais”.