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Centro das Taipas vai ter vasos para impedir estacionamentos proibidos

Bruno José Ferreira
Sociedade \ sexta-feira, março 15, 2024
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Aprovada a conta final da intervenção no centro das Taipas, a oposição lamenta a derrapagem financeira. Câmara diz que a "mudança cultural vai demorar algum tempo" numa obra "bem conseguida".

A Câmara Municipal de Guimarães está a articular com a Junta de Freguesia de Caldelas a colocação de vasos em alguns locais do centro da vila, de forma a impedir o estacionamento em locais para peões, para a evitar o cenário que diariamente se vislumbra no renovado centro cívico.

Domingos Bragança anunciou essa medida em reunião de câmara, após ser confrontado por Hugo Ribeiro, vereador eleito pelo PSD, com a “derrapagem considerável” no custo final da empreitada, que, referiu o vereador da oposição, “atinge um terço do valor da adjudicação inicial”.

Sustentando ser “o primeiro a sentir desconforto quando há uma obra com valores superiores ao concurso”, o líder máximo do município disse que “tudo foi feito de acordo com a legalidade”, lembrando o contexto pandémico e de guerra que teve o seu peso. Nesse contexto, Domingos Bragança opinou que “a centralidade das Taipas ficou muito bem, bem conseguida”, reforçando o discurso já várias vezes vincado: “Não prioriza o automóvel, mas sim o espaço pedonal, de convívio e fruição de pessoas, das famílias. Exige mudanças culturais, vai demorar algum tempo. Gosto muito da obra, já o tenho referido. A Câmara Municipal, neste caso os taipenses enquanto residentes, podem orgulhar-se desta obra”, disse.

O presidente da Câmara lamentou o constante aparcamento de carros em zonas que não têm esse efeito, dizendo que o material colocado nas zonas pedonais, a pedra basáltica, "suporta bem o carro, se não estava tudo estragado, porque não é para as viaturas ocuparem esse espaço”.

Uma das soluções apontadas pelos arquitetos é a colocação de pilaretes, algo que “não agrada”. Acaba por “tirar a estética”, considera. A solução encontrada é a colocação e vasos de flores, a exemplo do que acontece noutros locais, como na Rua de Santo António, no centro da cidade. A concluir, Bragança voltou a referir que noutros locais onde a pedonalização foi feita o comércio ficou a ganhar. “Noutros espaços urbanos quando é confortável para os peões o comércio fica a ganhar, a obra fez-se para que haja mais dinamismo”.

Na sua intervenção Hugo Ribeiro destacou que, na sua ótica, que uma obra em que se “gastou tanto dinheiro não se resolveram problemas”, aludindo que não acredita que se venham a notar mudanças de hábitos nas pessoas. Para além de referenciar os comerciantes e o trânsito, Hugo Ribeiro questionou ainda o traçado do BRT, cuja passagem pelo centro da vila implica a circulação em locais que foram agora intervencionados.