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Caldelas suporta ideia de ligação ciclável entre Guimarães e Braga

Paulo Dumas
Freguesias \ quinta-feira, outubro 11, 2018
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A Junta de Freguesia de Caldelas manifestou o seu apoio à ideia de ligação interurbana entre a cidade de Braga e a vila de Caldas das Taipas, prevista no PC2030. A sugestão vai mais longe e sustenta que há condições para que essa ligação chegue a Guimarães.

A autarquia taipense fez chegar aos presidentes das câmaras municipais de Guimarães e de Braga - Domingos Bragança e Ricardo Rio, respetivamente, as suas considerações relativamente à ideia de ligação entre Braga e Guimarães por ciclovia. Parte dessa ligação surge no documento do Programa Portugal Ciclável 2030 (PC2030), que se encontra em discussão pública.

O PC2030 assume como objetivo central a promoção do uso da mobilidade ciclável, através do uso da bicicleta em regiões urbanas. Os relatores do documento acreditam que esta será uma forma de "responder a muitas das necessidades de mobilidade da população urbana".

No diagnóstico formulado no mesmo documento, é feita a constatação que, em Portugal, o uso da bicicleta nas viagens diárias para o trabalho ou para a escola é ainda residual, sobressaindo ainda a solução do automóvel individual para fazer aquelas ligações.

O PC2030 prevê três subprogramas, sendo que o primeiro destes dirige-se a interconexões entre "aglomerações relevantes", prevendo 31 ligações consideradas importantes. Entre este grupo proposto no relatório está a ligação entre a cidade de Braga e a vila de Caldas das Taipas.

Na análise efetuada pela autarquia Caldelas entende-se que existem condições para ser considerada a ligação entre Braga e Guimarães, indo assim além do que é proposto no relatório do Programa Portugal Ciclável 2030. Foi essa mesma reflexão que foi submetida no âmbito da discussão pública do documento, que decorre até ao dia 14 de outubro.

O "Programa nacional para a interconexão das redes cicláveis municipais, para a estruturação entre redes contíguas e para a promoção de redes isoladas" seleciona 100 ligações cicláveis em todo o país, que poderão vir a ser financiadas, com previsão do prazo de execução de 12 anos.

Apesar de o documento avançar com uma seriação, ressalva que poderá ainda haver alterações na priorização, por parte da entidade gestora do PC2030, que deverá ainda ser criada e que deverá gerir um total de 300 milhões de euros a distribuir pelos três subprogramas e pelos mais de 900 quilómetros de ciclovias.