Briteiros: “Momento histórico”. Abriu o Centro de Dia; já se quer “evoluir”
No périplo do governo pelo distrito de Braga houve tempo na agenda para um “momento histórico” em Briteiros, com a inauguração do Centro do Dia da Casa do Povo de Briteiros a contar com a presença de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Já em funcionamento, com todas as vagas preenchidas, a concretização do Centro de Dia foi um “processo longo”, frisou Vasco Marques, presidente da Casa do Povo de Briteiros, destacando vários intervenientes relevantes para que este projeto seja uma realidade, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, Nelson Felgueiras, atual vereador que aquando do início do processo exercia funções no respetivo ministério, Luís Soares, a vereadora da ação social, Paula Oliveira, entre outros.
Equiparada a IPSS desde 2003, a instituição que completou recentemente 79 anos presta serviço diariamente a 200 famílias de sete freguesias do norte do concelho, sendo, por isso uma instituição “enraizada” na comunidade. Esse é um fator que faz com que se olhe para o futuro com necessidade de crescimento.
“Ainda agora estamos a inaugurar este serviço e já sentimos a necessidade de evoluir para um lar”, destacou Vasco Marques, fazendo também referência à creche: “Temos 39 crianças a frequentar a creche e 70 em lista de espera, já alertamos as entidades competentes que temos condições para alargar este serviço”, sustentou.
Referindo que Vasco teve resiliência para conseguir os “resultados que estão à vista de todos”, Domingos Bragança salientou que dos muitos projetos sociais existentes em Guimarães, “a Casa do povo de Briteiros é especial pela localização geográfica: é comunitária”, disse, centrando-se depois na questão das creches.
Dirigindo-se à ministra, alertando que já o tinha referido ao primeiro-ministro, António Costa, o edil vimaranense pediu mais competência para as câmaras nesta matéria. “Não podemos elaborar os protocolos, por isso não nos adianta criar condições, porque sem isso nada feito”, vincou, defendendo a necessidade de criar uma rede nacional de creches, mapeada por concelhos, de forma a dar uma resposta mais eficaz e sem repetição e inscrições.
Ana Mendes Godinho concordou que é preciso “descentralizar”, admitindo que é necessário tornar o processo menos burocrático. “Andando no terreno percebemos que é para agora e não para daqui a dez anos, e a decisão não pode ser tomada numa secretária central sem conhecer a realidade do terreno”, atirou. “Quando nos focamos no bem comum derrubamos os muros e as ameias, e é isso que temos de fazer neste caso”, disse, acrescentando que é intenção do governo converter espaços existentes em creches.