Banhos Velhos: “referência nacional” que “diversifica o panorama cultural”
O edifício dos Banhos Balhos, espaço físico que dá o mote para o festival cultural das Taipas, foi esta quinta-feira o palco da apresentação da programação deste ano da iniciativa que tem o mesmo nome. A pandemia obrigou a que nos últimos anos se repensasse o conceito, de forma a responder às restrições, mas “com orgulho” a música, o cinema, as tertúlias, o teatro e outros eventos estão de volta à casa de partida: aos Banhos Velhos.
“É importante para o concelho e para o turismo de Guimarães que as Taipas tenha esta afirmação”, frisou Sofia Ferreira, presidente da Turitermas, entidade responsável pela organização do evento, em parceria com o município. "Este evento tem assumido uma importância crescente, é já uma referência de qualidade, não só local, mas também nacional”, frisou Sofia Ferreira. A também vereadora acrescentou que “para além do termalismo” a Turitermas tem “como missão o lazer e a cultura”, convidando a comunidade a participar neste evento, que este ano se realiza pela 12.ª vez.
Com a claraboia que faz iluminar o edifício que outrora foi ponto de termalismo, Paulo Lopes Silva começou por agradecer “o empenho que esta instituição [Turitermas] tem vindo a fazer numa clara política de descentralização cultural com qualidade”.
No entender do vereador com o pelouro da cultura, a programação cultural dos Banhos Velhos “diversifica o panorama cultural da cidade” de uma forma “abrangente” que contempla “história e património”. “Não tenho dúvidas que esta programação já é aguardada com expetativa para lá do nosso território: é já uma referência nacional”, reforçou.
Enquanto representante do município, Paulo Lopes Silva demonstrou “disponibilidade absoluta” por parte da Câmara Municipal de Guimarães para continuar a apoiar, até pelo que este festival acrescenta ao concelho. “Taipas enquanto vila termal já tem um grande significado para o território; a isso juntando esta programação temos a certeza que diversifica a qualidade e a oferta”, disse, referindo-se à componente turística.
“Fazer cultura aqui valoriza o património a um patamar que ninguém estava à espera” - José Manuel Gomes, programador cultural
“Esforço” e “sacrifício muito grande” foram as primeiras palavras de José Manuel Gomes, programador cultural dos Banhos Velhos, referindo-se à edição deste ano e ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos, com a pandemia pelo meio a fazer-se sentir nas últimas edições.
Mas, para lá desse estigma, transmitiu o conforto de quem recebe “pedidos de informações de todo o país”. “O próprio senhor aqui do hotel vai recebendo pedidos, e já tem marcações da Galiza e de França”, dá nota, sustentando que se pretendeu construir “uma agenda para todos os públicos".
Acrescentando que “é bom voltar” ao espaço mítico que são os Banhos Velhos, José Manuel Gomes referiu que apesar do epicentro do festival ser este, há a possibilidade de realizar iniciativas noutros locais, sendo o polidesportivo o “plano B” caso as condições climatéricas assim o exijam.
“São mais de 20 iniciativas” entre abril e setembro, disse a concluir. “Esperamos que atraia todos os públicos e que, sobretudo, o público possa voltar a este local, aos Banhos Velhos, numa clara valorização do património”, vincou.