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Associações de Pais avançam moção para que a Câmara intervenha na EB 2,3

Paulo Dumas
Freguesias \ sexta-feira, julho 22, 2016
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Associações de Pais do Agrupamento de Escolas das Taipas e as Juntas de Freguesia onde não existem estas associações, aprovaram texto onde solicitam à Câmara Municipal que se pronuncie.

Natália Fernandes, presidente da Associação de Pais da EB 2,3, deu conta da sintonia existente entre todos os representantes dos pais para esta tomada de posição: Tivemos uma promessa da Câmara Municipal de Guimarães de que iríamos ter uma escola nova. Como todos sabem, o projeto foi desenvolvido e apresentado à comunidade. O que é certo é que a obra não avançou e a escola continua mergulhada em diversos problemas, como o caso das placas de fibrocimento e a degradação de diversos espaços, que nos causam preocupações ao nível da saúde dos nossos filhos e das condições em que se desenrolam as atividades letivas e não letivas.

As associações de pais tiveram conhecimento, muito recentemente, que não existiriam verbas comunitárias a serem canalizadas para este projeto. As mudanças verificadas na CCDRN, com a saída de Emídio Gomes, terão causado uma reviravolta nesta questão. Terá existido uma aprovação verbal, por parte de Emídio Gomes, para o avançar do projeto, mas o que é certo é que nunca terá passado para o papel a aprovação de fundos comunitários para o projeto da nova EB 2,3. De acordo com as declarações de Natália Fernandes, a Câmara terá feito chegar a informação de que, neste momento, não poderiam avançar com a obra porque as novas candidaturas estavam fechadas até 2017 e que não existiam garantias, nem para esse ano nem para 2018. Neste enquadramento, as associações de pais defendem que se deve avançar com o plano B. Entendemos que deve existir uma garantia, até ao início do ano letivo 2016/2017, de que a Câmara avançará com a remodelação da escola, caso não se possa construir uma nova escola. Queremos é que a Câmara disponibilize a verba de 2,5 milhões de euros, que sempre disse ter disponível, para apoiar a construção da nova escola, na sua requalificação. Com essa verba seria feita uma intervenção de fundo na EB 2,3, acrescentou a presidente da direção da Associação de Pais da EB 2,3.

Natália Fernandes refere que as associações de pais vão ficar a aguardar uma resposta de Domingos Bragança, uma pessoa de bem em quem sempre acreditaram e de quem temos a certeza de que quer fazer algo na escola, mas, concluindo temos de passar para a ação, para o terreno.

De referir que esta moção aprovada a 15 de julho foi apresentada em Conselho Geral do Agrupamento de Escolas das Taipas. Nesta mesma reunião, foi ainda apresentada uma outra moção, agora aprovada pelo Conselho Pedagógico numa reunião efetuada a 18 de julho.

No Conselho Geral estão representados os docentes, os não docentes, pais e encarregados de educação, a autarquia e a comunidade local. Na sua reunião de 19 de julho, estas duas moções foram discutidas. Pelo que conseguimos apurar, dessas duas moções resultou uma outra que agrega o essencial contido nos dois textos. Será esta terceira moção que será enviada para a Câmara Municipal e para o Ministério da Educação.

O Reflexo entrou em contacto com Mário Rodrigues, diretor do Agrupamento para comentar este momento que a escola vive. Sobre o essencial da questão, como referiu, espera que se encontre rapidamente uma solução: Existe uma preocupação muito séria com as placas de fibrocimento que se estão a desfazer, com as implicações que podem trazer para a saúde de toda a comunidade escolar e, por outro lado, é visível a degradação da escola, que traz constrangimentos para uma boa prática letiva. Desculpem a expressão, mas não podemos estar eternamente à espera do paraíso e estarmos a arder no inferno.