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Associação dos Médicos do Futebol e bombeiros promovem jornadas de formação em emergência e socorro

Alfredo Oliveira
Sociedade \ domingo, maio 05, 2019
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Tratou-se da primeira iniciativa em resultado do protocolo assinado no 132.º aniversário dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas entre as duas associações.

João Pedro Mendonça, presidente da Associação Nacional de Médicos do Futebol (AMEF) deu conta que nesta primeira iniciativa se procurou envolver todas as classes profissionais que têm uma intervenção mais direta na prestação do socorro (médicos, enfermeiros, bombeiros, socorristas da Cruz Vermelha), mas também outros socorristas particulares: “No fundo todas as pessoas que possam ter um papel importante no socorro, pois, em muitos casos, os primeiros a socorrerem as vítimas não são profissionais de saúde. Com estas jornadas de formação em emergência e socorro, as pessoas podem fazer a diferença, fazendo o suporte básico de vida e mantendo a oxigenação do cérebro e do coração para que, quando chegam as equipas médicas, essa vítima possa ser salva”.
Filipe Serralva, coordenador da área da formação da AMEF e desta iniciativa, referiu que o próximo passo da associação é proceder a um levantamento das necessidades da associação humanitária dos bombeiros taipenses e de toda a população da região, para depois estabelecerem um calendário de atuação.

A Associação dos Médicos de Futebol existe desde 1995 e tem vindo a tornar-se um parceiro importante da Federação Portuguesa de Futebol. Enquanto associação, para além deste tipo de formação mais abrangente, tem vindo, nos últimos anos, a tentar regulamentar a existência dos departamentos clínicos e mais concretamente a acreditação dos médicos nos recintos do futebol. A associação entende que, tal como acontece com os treinadores de futebol, que só podem sentar-se nos bancos das equipas da primeira divisão com determinado nível, aos médicos também é exigido algo do género.
João Pedro Mendonça entende que um médico no campo de futebol tem de ter uma formação específica “não basta ser simplesmente médico”, como diz.

Por sua vez, José das Neves Machado mostrou-se satisfeito que o protocolo estabelecido em dia de aniversário já esteja a dar frutos. No fim de semana de 4 e 5 de maio, passaram pelas instalações dos bombeiros cerca de 60 formandos nestas jornadas de formação em emergência e socorro. O presidente da direção dos bombeiros taipenses salientou que existem bombeiros com formação específica, que podem dar formação mas não podem proceder à sua certificação. Deste modo, com o protocolo assinado, poderão ter um papel mais ativo neste tipo de formação, aspeto que foi salientado de igual forma pelo comandante do corpo dos bombeiros de Caldas das Taipas, Rafael Amâncio, que referiu que a área ligada ao suporte de vida é um dos pontos mais importantes deste protocolo, possibilitando aos bombeiros, através da AMEF, atuando em conjunto, passar a certificar as ações de formação.