As ideias de Luís Lisboa (BE) para o norte do concelho
Convicto de que o “transporte coletivo é o futuro”, o candidato bloquista à Câmara Municipal de Guimarães defende que a via dedicada para o Avepark é um “erro”, que a Estrada Nacional 101 tanto merece ciclovias para “deslocações pendulares quotidianas”, como vias dedicadas para autocarros nos “troços onde é possível” e que Caldelas se deve assumir como “freguesia-âncora” numa rede de transportes públicos extensível a todo o concelho. “O melhor modelo de transportes seria assegurar ligação das Taipas à cidade e criar um circuito que fizesse a ligação das freguesias limítrofes às Taipas”, esclarece Luís Pinto Lisboa. O rosto do BE vinca, aliás, que o centro da vila termal deve ser “pedonalizado” e os “carros deixados na periferia” para se “devolver o espaço público às pessoas”.
Quanto às obras no centro das Taipas, os bloquistas defendem a colocação a céu aberto da ribeira da Canhota, com “as margens naturalizadas”, mas lamentam o “corte abusivo de árvores saudáveis”, que até levou o partido a apresentar “uma proposta de criação de um regulamento de proteção e fomento do arvoredo” em Assembleia Municipal. O Bloco defende ainda a “personalização dos centros urbanos” com o intuito de “garantir a fruição das pessoas”, das crianças aos idosos.
Luís Pinto Lisboa realça também o dever de se “assegurar que todos os edifícios, particulares e comerciais” no norte de Guimarães estejam “ligados à rede pública de água e saneamento”, até para se evitarem “descargas ilegais em toda a extensão do rio”. Apoiante da plantação de “espécies autóctones” que “aumentem a biodiversidade” nas margens dos rios, o candidato do BE frisa que só com “boas condições” das margens e das “massas de água” é possível ter “praias fluviais com qualidade”, que garantam “espaços balneares e de lazer para residentes e turistas”. A diminuição da produção de resíduos em todo o concelho é outro dos desígnios da lista bloquista: para o conseguir, propõe a compostagem de bairro e o fim da produção e consumo de produtos sobre-embalados.
A força de esquerda também advoga a criação de um roteiro do património para todo o concelho, que, além das “visitas típicas ao centro da cidade”, incentive os turistas a rumar a outras áreas; uma das propostas é a criação de um serviço de transportes públicos para a Citânia de Briteiros, para o Museu da Cultura Castreja e para o Castro de Sabroso, à espera de requalificação.