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Arranque do ano letivo “sem constrangimentos” no Agrupamento das Taipas

Bruno José Ferreira
Educacao \ sábado, outubro 12, 2024
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Escolas das Taipas continuam “sobrelotadas”. O ano arrancou com “praticamente todos os professores colocados” no agrupamento. Há alunos de sete nacionalidades diferentes entre oitenta migrantes.

O ano letivo 2024/2025 arrancou “com relativa normalidade” no Agrupamento de Escolas das Taipas (AE Taipas), não se registando “qualquer tipo de constrangimento”, segundo João Montes, diretor do agrupamento que conta na sua orgânica com sete estabelecimentos de ensino. Numa fase em que se multiplicam os casos de falta de professores um pouco por todo o país, com especial incidência na zona de Lisboa e do Algarve, no que ao AE Taipas diz respeito “tínhamos os docentes praticamente todos colocados, à exceção das situações resultantes de atestado médico colocado na altura implicaram a sua substituição e já estão todos eles substituídos”.

Para João Montes, o “grande desafio está relacionado com a grande mobilidade que aconteceu na educação pré-escolar e nas escolas de 1.º ciclo”. Apesar de se manter a maioria dos docentes no agrupamento, vários trocaram de escola, o que implica as necessárias adaptações. “Tivemos escolas, nomeadamente Agrolongo, onde a mobilidade foi total; na Escola Básica de Vieite também foi quase total, assim como no Pinheiral, e Longos. Só a Escola da Charneca é que manteve a maior parte dos docentes. No restante a mobilidade rondou os 80 por cento de professores novos”, expõe o diretor. “Isto significa que temos um quadro docente que, embora integrando os quadros do agrupamento, estão pela primeira vez a trabalhar aqui na nossa unidade orgânica e terão de se ajustar e adaptar às práticas e política educativa do agrupamento”, dá conta.

Seis por cento de alunos migrantes de sete nacionalidades

Numa análise demográfica à realidade do Agrupamento de Escolas das Taipas, o número de alunos subiu ligeiramente, cerca de dois por cento. “O ano passado tínhamos perto de 1390 e agora subimos para sensivelmente 1420. Ou seja, aumentou ligeiramente, cerca de dois por cento, mas neste início é um número que vai sempre sofrendo ajustes. Andará sempre acima dos 1400 alunos”, aponta João Montes.

Entre estes 1440 alunos, a maior pressão concentra-se nas escolas da vila, que “neste momento estão sobrelotadas”. “Como já acontecia no passado, a escola sede e as escolas da Charneca e do Pinheiral neste momento estão sobrelotadas; já é difícil corresponder a todas as solicitações, nomeadamente de quem vem agora viver para Caldas das Taipas e outras necessidades de famílias que vivem aqui na periferia de Caldas das Taipas”. Destaque, por último, para o facto de o agrupamento ter na sua comunidade escolar seis por cento de alunos migrantes, cerca de oito dezenas, um número inferior à média nacional.

O Reflexo tentou fazer a mesma abordagem relativamente à realidade na Escola Secundária das Taipas, mas os vários contactos estabelecidos por diferentes vias revelaram-se infrutíferos.