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Aos 46 anos, “novo campo é o principal objetivo” de um Ases em crescimento

Tiago Dias
Desporto \ terça-feira, fevereiro 06, 2024
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Clube de Santa Eufémia de Prazins reuniu 350 pessoas num jantar de aniversário no qual se olhou para o futuro. O novo campo é o principal objetivo, mas no Ases há vontade de crescer em várias áreas.

O Ases de Santa Eufémia completou 46 anos de história no passado dia 13 de janeiro, reunindo sensivelmente 350 pessoas numa gala de aniversário que se realizou na Quinta dos Moinhos, em São Salvador de Briteiros. “Um sinal de vitalidade”, no entender do presidente Carlos Neves, que aponta o novo campo como “o principal objetivo para o futuro” do Ases. O líder máximo do clube transmitiu precisamente isso no discurso da gala de aniversário, que contou com a presença do vereador do desporto da Câmara Municipal de Guimarães, Nélson Felgueiras, da presidente de Junta de Freguesia de Santa Eufémia de Prazins, Natália Fernandes, e também do vice-presidente da Associação de Futebol de Braga, Miguel Azevedo.

Ao Reflexo, Carlos Neves dá conta de que “neste momento está a ser feita a limpeza do espaço para começarem os desaterros logo que possível”, uma vez que o projeto está em fase de licenciamento nos serviços municipais. “Estamos a começar o processo burocrático de licenças na Câmara Municipal de Guimarães, que é o que demora mais. Este ano, se calhar, vamos avançar pouco em termos de obra física, mas contamos adiantar a parte de licenciamento e depois arrancar com força, logo que possível, com a parte de obra”, explica o responsável máximo do emblema fundado em 1978.

Eleito presidente no final de 2019, Carlos Neves pretende construir um novo campo para servir a equipa principal, num terreno contíguo ao recinto atual, o Campo Bouça da Reboreda, que passará a ser o relvado secundário, mais vocacionado para as camadas jovens. “O que queremos fazer, e vamos fazer todos os possíveis para isso, é um campo de futebol de 11 com medidas maiores do que as que temos atualmente. O nosso campo é pequeno, ficará para a formação, para a base, e o novo será para o futebol de 11”. Este novo campo do Ases terá bancada e balneários, de forma a funcionar de forma autónoma.

 

“Vai permitir outros objetivos”, mas o Ases “não quer crescer só no futebol”

Carlos Neves acredita que a obra pode revolucionar o trabalho no Ases, uma vez que o clube está algo “estrangulado” em termos de espaço de treino, tendo inclusive equipas a treinar no campo do GD Souto e Gondomar. “A realidade é que neste momento estamos a treinar em dimensões muito curtas. Até a própria equipa sénior só treina em meio-campo. E também já estamos a utilizar o campo de Souto alguns dias por semana”, expõe o presidente. “Para evoluir querermos dar mais tempo de treino e mais espaço”, acrescenta.

Na visão de Carlos Neves, o novo campo, com relvado sintético, permitirá às várias equipas de formação do clube, com cerca de 180 miúdos no total, “treinar melhor, mais tempo e em mais espaço, havendo margem para os treinadores adotarem novos métodos de treino e outras realidades que hoje não são possíveis”. Também a equipa sénior, crê o líder máximo do clube “vai ter outros objetivos” com o novo campo: “Até podemos estar numa boa fase, ter uma boa equipa, mas, em dimensões reduzidas, uma equipa aguerrida já nos iguala, porque o campo é pequeno. Muitas vezes não é pela qualidade do plantel, mas sim por estes pormenores”.

Para lá do novo campo, Carlos Neves espera que o Ases, até “não seja só futebol” daqui para a frente e possa dar outras respostas à comunidade. Desde logo, a ambição passa por manter as três estrelas da entidade formadora por parte da Federação Portuguesa de Futebol. Noutro âmbito, Carlos Neves pretende dar continuidade ao projeto de psicologia que já existe no clube. “Temos uma psicóloga interna todas as semanas, com inquéritos e a trabalhar as equipas e os jogadores com base nesses mesmos inquéritos, intervencionando junto dos jogadores, seja por problemas pessoais ou por não estarem numa boa fase. A própria interação com um treinador altera-se por estar a jogar menos. Há várias situações em que temos essa ajuda importante”, frisou.

O presidente do Ases pretende ainda implementar no clube uma oferta que ajude na área educacional, através de explicações. “Queremos ajudar na vertente escolar, com explicações. Num caso ou outro de alunos que não tenham meios para terem explicações, estamos a trabalhar para que seja possível ter alguém nas nossas instalações durante a tarde, antes dos treinos, que possa ajudar”, conclui o presidente do Ases, atual terceiro classificado da Série C da 1.ª Divisão da AF Braga.