Guimarães renova compromisso com o desenvolvimento sustentável
A apresentação pública da nova estrutura define um marco no processo que o concelho de Guimarães tem percorrido nos últimos anos, principalmente desde que, em 2014 foi criada a Estrutura de Missão para a Capital Verde Europeia 2020. Essa candidatura, submetida em setembro de 2017, ficou em quinto lugar, entre as as 15 cidades candidatas.
Isabel Loureiro, coordenadora geral da nova Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável - Guimarães 2030, foi a primeira oradora da noite e definiu o objetivo para esta nova missão, lançando o desafio a todos os habitantes do concelho - "pretende-se com esta Estrutura de Missão que cada habitante tome conta de 1Km2. Quando cada um dos habitantes conseguir perceber o que lhe faz falta para permanecer aqui, a nossa missão estará cumprida".
A Estrutura de Missão será composta por um Conselho Consultivo, do qual farão parte para cima de 400 instituições de Guimarães. Esta será a componente de ligação à comunidade da estrutura e que procurará ser um novo modelo de participação e consulta, voltada para a população e para as suas instituições. O Conselho Consultivo funcionará em grupo de trabalho produzirão reflexões sobre cada uma das áreas de trabalho.
A componente técnica da Estrutura de Missão será composta pelas instituições de ensino superior, técnicos da Câmara Municipal e outras entidades que desenvolvam trabalho no âmbito das áreas setoriais. Estes constituirão o Comité Especializado da Estrutura de Missão, que fica completa com o Comité Executivo e um Comité Externo de Aconselhamento.
Cada um dos representantes das instituições de ensino superior manifestaram a sua disponibilidade para trabalhar para o sucesso deste projeto. O atual Reitor da Universidade do Minho, a única instituição que fez parte da Estrutura de Missão anterior, voltou a reforçar a ideia de que a candidatura de 2017 foi apenas uma parte do processo, defendendo a importância do reforço do envolvimento das instituições de ensino superior.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, encerrou a série de intervenções. O autarca começou por fazer um enquadramento dos conceitos que estiveram na base da iniciativa do seu mandato, em assumir um trabalho para a defesa do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
Reforçou a ideia que já tinha sido levantada por Isabel Loureiro lançando a o desafio a todos os vimaranenses para o sucesso deste projeto. Também para Domingos Bragança, está será "uma agenda que, para ser bem-sucedida, terá necessariamente que contar com a participação de todos, num exercício de cidadania responsável".
O presidente do executivo municipal não esqueceu caminho percorrido desde 2013 e não deixou de elencar o longo rol de iniciativas que foram executadas desde 2014, desde a criação do Laboratório da Paisagem e a criação da Estrutura de Missão, passando por vários planos orientadores - o Plano de Ação para a Sustentabilidade ou a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, até ao Programa Pegadas, ao qual deu especial ênfase pelo trabalho próximo com as escolas e a população mais jovem.
Bragança disse-se orgulhoso do quinto lugar obtido pela primeira candidatura a vimaranense a Capital Verde Europeia e anunciou que está a ser trabalhada uma nova candidatura a Capital Verde Europeia, deixando a data em aberto, em função dos resultados que forem sendo obtidos pelo trabalho desenvolvido pelos cidadãos e pela Estrutura de Missão, rematando dizendo que "o caminho será muito longo" e garantindo que Guimarães fará a sua parte.
Presentes no grande auditório do Centro Cultural Vila Flor estiveram várias individualidades, com destaque para Isabel Loureiro, que será coordenadora geral da nova Estrutura de Missão e que já tinha sido coordenadora executiva na anterior. Também representantes das instituições de ensino superior envolvidas neste projeto - UMinho, UTAD, IPCA e Universidade das Nações Unidas.