A Associação ‘Grã Ordem Afonsina-Vida e Obra do Rei Fundador’, liderada por Barroso da Fonte, pretende que se acrescente a inscrição “em 1128” na Torre da Alfândega, em Guimarães, na qual consta a histórica frase “Aqui nasceu Portugal”. O objetivo de tal intenção é “confirmar a Batalha de S. Mamede como o dia um de Portugal e tornar a frase “Aqui nasceu Portugal” um slogan mais forte e mais seguro da marca Guimarães.
Nesse sentido, a referida associação sem fins lucrativos fez chegar uma carta a Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, na qual expõe as suas pretensões e defende que a Batalha de São Mamede é a “certidão de nascimento de Portugal”, logo a data da sua realização deve constar na Torre da Alfândega.
“A data de nascimento de Portugal continua a ser uma questão polémica, perante a qual Guimarães não pode ficar indiferente”, referiu a Grã Ordem Afonsina na missiva enviada ao edil vimaranense, justificando assim a sua ideologia quanto à colocação da data. “A Grã Ordem Afonsina não conhece outra razão capaz de justificar a frase lapidar inscrita na torre da alfândega, que diz Aqui Nasceu Portugal, que não seja o facto histórico de Guimarães ter sido o palco da Batalha de S. Mamede, ocorrida no dia 24 de Junho de 1128”, pode ler-se.
O Reflexo falou com Barroso da Fonte, principal rosto da Grã Ordem Afonsina, que deu conta do andamento desta pretensão. A Grã Ordem Afonsina tem mantido conversas com o município, nomeadamente com o presidente Domingos Bragança e com a vereadora com o pelouro da cultura, Adelina Pinto. “Enviámos uma carta à Câmara Municipal, que já falou connosco, nomeadamente o presidente e a vereadora da cultura, sendo que estamos a trabalhar em consonância. O presidente, Domingos Bragança, transmitiu que quando for feita a intervenção que está prevista na muralha pensar-se-á neste assunto”, refere Barroso da Fonte, que acrescenta que, para além do município, a associação que dirige está também a desenvolver contactos e a trabalhar “com as várias entidades oficiais do concelho”.
Para a Grã Ordem Afonsina a colocação da data 1128 na muralha ajudaria a clarificar a história do país no que toca ao dia um de Portugal. “Uma das preocupações é tentar por a data 1128, porque colocando essa data, para nós clarificava tudo. Há quem defenda que nasceu em Viseu, mas com a data ficava o problema resolvida”, defende.
Barroso da Fonte dá ainda conta de que a Grã Ordem Afonsina pretende continuar a fomentar esta discussão, sendo que aquando da celebração da constituição da Grã Ordem Afonsina como uma associação, a 13 de fevereiro, será realizado um evento cultural de promoção do debate. “No próximo dia 13 de fevereiro fará um ano que a Grã Ordem Afonsina fez a escritura e se efetivou enquanto uma associação, por isso vamos assinalar a data com uma sessão cultural onde pretendemos explicar esta nossa ideia.