Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, reuniu com a ministra da saúde, Marta Temido, com o intuito de discutir a situação da Unidade de Hemodinâmica de Guimarães. Recorde-se que este espaço de diagnóstico e intervenção cardíaca foi criado no Hospital Senhora da Oliveira, mas não tem autorização do Ministério da Saúde para ser utilizado.
Em cima da mesa está uma parceria com o Hospital de Braga, que permita uma partilha de recursos e uma alteração na rede de referenciação que torne possível operacionalizar o Centro de Hemodinâmica de Guimarães.
“A senhora Ministra da Saúde vai nomear uma equipa técnica, de saúde e jurídica, para avaliar o funcionamento que se pretende para o Centro de Hemodinâmica de Guimarães. Esse trabalho consistirá em alterar as redes de referenciação hospitalares eo propor uma parceria entre os Hospitais de Guimarães e Braga, assim como resolver o financiamento em falta porque os contributos dados pelos vimaranenses através de mecenato correspondem a cerca de 30 a 40% do custo do Centro de Hemodinâmica, sendo os restantes 60% financiados por um acordo que não pode ser classificado como mecenato e terá de ser anulado por não ter enquadramento legal”, referiu Domingos Bragança na reunião de câmara desta segunda-feira.
André Coelho Lima, líder da oposição, recebeu com agrado a notícia, mas frisou que é inadmissível um equipamento deste tipo estar parado há mais de um ano. “Ó pior que pode acontecer às pessoas que contribuem é perceber que, no fundo, que o produto da sua generosidade não tem sequência. A sala de hemodinâmica está parada com milhões de euros de vimaranenses há mais de um ano, o que é inadmissível”, atirou.
A entrada em funcionamento do Centro de Hemodinâmica permitirá que os doentes coronários possam realizar cateterismos cardíacos e angioplastias no Hospital de Guimarães, por exemplo.