Nenhum Taipense no seu juízo perfeito deseja o insucesso dos seus legítimos representantes locais.
Quando o Tino e a sua equipa apresentaram ao público o seu programa para quatro anos, fui dos que lhe criticaram o irrealismo, fui dos que lhe prognosticaram o fracasso. Agora, com o fiasco à vista, não fico contente por ter razão, não fico contente por a vida me ter dado razão.
O fiasco anunciado pelo Tino em entrevista ao destaque de 15 de Junho não me deixa contente, bem pelo contrário.
Tive e mantenho reservas políticas em relação ao projecto do PSD. Acho-o de cumprimento impossível, por exigir condições financeiras, legais e políticas fora do alcance de uma qualquer junta de freguesia. Mas não nego nem subestimo a sua importância.
E, mais custoso do que o incumprimento do programa é o desânimo, o conformismo dos que desistem dos projectos a meio e despendem mais energias a encontrar bodes expiatórios do que a inverter a marcha para o abismo.
O projecto está seriamente comprometido, mas não está ferido de morte.
Se dificilmente pode ser cumprido na íntegra coisa que já antes acontecia, como se previu tem ideias com pernas para andar, desde que previamente se cumpram as condições políticas necessárias.
O Tino é orgulhoso, mas não é burro.
A bem das Taipas, espero e desejo que domine a soberba e mude de rumo.