Este ano, na Liga Portuguesa de Futebol, tal título coube ao FC Porto. Só faz falta regulamentar este título, já que a cada ano que passa faz sentido a atribuição deste feito. E porque não entregar a Taça, ou definir um título, ao Campeão de Inverno, tendo em conta que o que resta do Campeonato mais parece uma nova época. Os clubes aproveitam a reabertura das inscrições de jogadores para reestruturar os respectivos planteis, redefinir estratégias, reestabelecer metas, reprogramar orçamentos financeiros, alterar a respectiva gestão dos clubes e, até, reproduzir novos objectivos. Mas, afinal de contras, não é isso que se faz numa mudança de época desportiva! Afinal de contas, de que vale toda a programação desportiva e gestão financeira no início de uma temporada desportiva, quando chegamos a Dezembro (quatro meses, apenas, após o início do campeonato) e a maioria dos clubes regressam à estaca zero para montar novas estratégias. Fundamentalmente no futebol profissional, a esmagadora maioria dos clubes refazem os seus plantéis, dispensam jogadores e confirmam a contratação de novos reforços. Há clubes, inclusive, que chegam ao ponto de dispensar os serviços dos treinadores, optando por encetar novas escolhas, com o intuito de corrigir os erros já cometidos.
O cerne de questão, sobretudo, tem a ver com uma tentativa desesperada de admitir os erros cometidos no passado e tentar a todo o custo recuperar o tempo perdido. Muitos, felizmente, até acabam por acertar nas segundas opções. Outros nem por isso.
Há quem insista em definir um campeonato de futebol no caso do campeonato principal em Portugal de uma prova regular, com 34 jornadas para realizar, mas a verdade é que estamos perante uma competição dividida em dois actos. No futebol, como em tudo na vida, até pode existir uma segunda oportunidade. Mas, também, há que apontar o dedo àqueles que apresentam dados positivos, económicos e desportivos, assim como colocar o dedo na ferida e apontar em riste aqueles que falharam copiosamente as metas traçadas e, afinal de contas, goraram as expectativas. Está à vista de todos quem tomou as melhores e as piores opções. Está, também, à vista de todos quem cometeu falhas e erros
resta saber se ainda vão a tempo de corrigir tais opções. No final de contas, ainda bem que há uma segunda oportunidade