1. Vale a pena ler a recente entrevista dada pelo Padre José Machado, ao semanário O Povo de Guimarães, a propósito do 120.º aniversário dos Bombeiros das Taipas.
A entrevista demonstra claramente a existência de sentido estratégico e de um projecto claro no que concerne à vida da instituição e é dada num momento particularmente conturbado para as corporações de bombeiros, num momento em que se redefine grande parte da legislação que regula a sua actividade.
Desde o reforço dos meios físicos, até ao transporte de doentes, passando pelos recursos humanos, pelos piquetes, pela formação, pela requalificação do Quartel, pela prevenção e pelo combate aos incêndios, praticamente tudo o que é essencial é abordado na referida entrevista e é abordado com o aludido sentido estratégico.
Mas a entrevista é importante também por questões de ordem política.
De facto, uma das suas ideias principais consiste na justa reivindicação de igualdade de tratamento relativamente à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães por parte da Câmara Municipal de Guimarães.
Trata-se, como disse, de uma reivindicação justa, que estou convencido será acolhida.
Efectivamente, não existem justificações para não tratar os Bombeiros das Taipas com a justiça que estes merecem, como, aliás, já defendi publicamente.
Do meu ponto de vista, a defesa de um tratamento justo por parte da autarquia deve passar, necessariamente, por um aumento do apoio a prestar aos Bombeiros das Taipas e nunca por uma diminuição do apoio que tem vindo a ser prestado, particularmente no passado recente, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães.
2. Num tempo em que se reflecte sobre as conquistas de Abril, quero aqui relevar a liberdade de imprensa como uma das conquistas essenciais da Revolução dos Cravos e enaltecer o papel que a comunicação social desempenha para a construção de uma sociedade mais livre e mais democrática e para a formação de uma opinião pública mais plural e mais esclarecida.
Claro que, nesse âmbito, também tem lugar o Reflexo.